O Bendizer completa quase uma década de partilha nas redes sociais e resolveu sair do Instagram para manter a sua fidelidade enquanto mensagem espiritual para mulheres com dificuldades de ter filhos na Terra. A fundadora, Gabriela Lacerda, conta mais detalhes sobre essa decisão.

Instituto Bendizer (IBEN) – Como você define o atual momento do projeto Bendizer?

Gabriela Lacerda – Sinto que estamos seguindo com fidelidade o que nos foi proposto há 10 anos, quando ainda era tentante e desejava muito ser mãe. Eu sabia que não estava sozinha espiritualmente naquela jornada e que tinha algo impulsionando para que toda aquela experiência não ficasse escondida dentro do meu lar. Hoje, vejo que estava tudo conectado e que toda aquela minha conexão com a temática espiritual fazia parte da minha carga missionária. Estamos subindo uma linda montanha e já podemos avistar um cenário que muito se parece com o outro lado do véu. Após tantos bebês nascidos nesta década e milhares de alunas, temos consciência de que a nossa mensagem não é para multidões e buscamos tentantes que realmente estejam dispostas a mudarem o cenário de medo do planeta Terra.

IBEN – Sair do Instagram faz parte desse movimento atual?

Gabriela Lacerda – De algum modo, sim. Em setembro de 2022, durante a imersão que fiz no Monte Shasta, meditei sobre todo o projeto Bendizer e o Instagram sempre foi pauta das minhas inquietações pela densidade dessa rede social (julgamento, expectativas, interações imediatas, intencionalidades perversas etc). E lá recebi “alta” da minha guiança ao me deixar livre para sair de cena, após oito anos de abastecimento diário. “Você não é uma figura pública (celebridade). Quem precisar chegar até você, saberá lhe encontrar”. Respirei aliviada e aos poucos fui informando quem me acompanhava por lá que iria sair para seguir com os novos projetos do Bendizer. É uma grande libertação para mim. Sou muito grata a tudo o que vivi, mas em tempos de aceleração espiritual, menos é mais.

IBEN – Deixar de ter um perfil no Instagram requer coragem, porque muitas pessoas ainda se atualizam por meio dessa rede. Abrir mão não seria prejudicial para quem busca essa mensagem por lá?

Gabriela Lacerda – Diante de todo cenário nocivo das redes sociais, optamos por seguir a mensagem respeitando as nossas particularidades: ser um campo de discernimento e apoio para quem deseja ser feliz na Terra e guiar seus filhos com olhar espiritual e não mental.

Não conseguimos nutrir nosso trabalho tão genuíno, sendo abastecidas de tanta maldade e retirando o que temos de mais belo em se tratando de substância divina: a nossa inocência. Sendo assim, não teremos mais pessoal disponível para alimentar o Instagram, logo desativamos o nosso perfil para não gerar falsas expectativas. No caso do Bendizer, essa rede social não funciona. Desde janeiro deste ano, temos uma rede social privada para as Bendicianas, um grupo de mulheres tentantes e mamães Bendizer que interagem seguindo os nossos princípios espirituais. Lá sim é nosso lugar seguro.

Já deu tempo do grande despertar da sociedade e é papel de cada ser na Terra buscar seu próprio bem-estar. O Instagram, infelizmente, se tornou um portal de suicídio espiritual.

IBEN – Com a saída do Instagram, o que mudou?

Gabriela Lacerda – Sem dúvida, ter mais tempo livre para produzir os conteúdos novos e avançar nos estudos com mulheres que compreendem a nossa mensagem. Passei a ter uma rotina mais focada na energia do Bendizer sem tantas outras interferências e demandas que desviavam da nossa abordagem. Quem precisa da nossa mensagem, saberá nos encontrar com coração aberto.

IBEN – E como novas mulheres podem fazer parte dos grupos de estudo?

Gabriela Lacerda – O primeiro passo é preencher o formulário para conhecermos mais sobre o seu sistema de crenças e necessidades espirituais. Daí observamos em qual nível do nosso trabalho está compatível e fazemos o direcionamento junto com elas. Entendemos que é preciso ressonância de intenções, senão não conseguimos cumprir o nosso propósito.

IBEN – Qual tipo de perfil há maior ressonância junto a mensagem do Bendizer?

Gabriela Lacerda – Mulheres tentantes que queiram ser mães como guiança, vivendo uma jornada de tentante de lapidação espiritual e sem barganha para ter o positivo. Mulheres dispostas a auxiliar a Terra com mais amor e menos medo, libertando a humanidade da opressão. Sendo assim, mulheres tentantes cientes de que são seres espirituais na Terra; antirracistas; anti-homofóbicas; com consciência de classe; defensoras dos seus direitos femininos e que questionem a lógica patriarcal; gratas à fertilização in vitro; que não neguem as questões climáticas e a vacina; que respeitem as famílias plurais. É essa egrégora que realmente nos interessa.